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31/01/2012

Para Moraes, “operação padrão” da Civil deve ser permanente

Na avaliação do presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Moraes, a Operação Padrão realizada por alguns investigadores da Polícia Civil na última quinta-feira deve ser mantida em caráter permanente. O parlamentar elogiou a ação que resultou no fechamento do cassino clandestino, em Curitiba, mas demonstrou preocupação com o uso politico de uma operação que deveria ser realizada com maior frequência e acompanhada de algum delegado para lavrar o fragrante.

Segundo o parlamentar, a policia não pode ser privada do exercício da sua função. A operação padrão realizada na semana passada revelou o quanto as ações permanentes de combate a contravenções são importantes para a redução dos índices de criminalidade no Paraná. “É preciso realizar com maior frequência operações policiais que resultem na prisão de criminosos. Utilizá-las apenas como forma de protesto por melhores salários só prejudica a imagem da própria Policia Civil”, alerta o deputado.

Moraes, que já havia sido comunicado a respeito da possibilidade do inicio da operação padrão, durante audiência realizada por sindicatos que representam a categoria, lamentou o uso politico da ação, a qual acabou por desrespeitar a hierarquia dentro da Civil.

Para esclarecer detalhes da operação, sobretudo o suposto envolvimento de deputados, senadores e empresários no funcionamento da casa fechada pela polícia, Moraes irá reunir os membros da Comissão de Segurança Pública logo após a retomada das atividades em Plenário, no dia 6 de fevereiro. “Os policiais envolvidos na operação terão que esclarecer a denúncia de envolvimento de políticos e empresários em contravenções “, afirma.

Mandados

Moraes voltou a cobrar o cumprimento dos 50 mil mandados de prisão que permanecem sem respostas e que, em breve, devem caducar. “A policia pode adotar o mesmo comportamento da operação padrão para cumprir a prisão de criminosos que estão soltos”, disse.

Reajuste

O governo deve encaminhar ainda na primeira quinzena de fevereiro a tabela com reajustes para a categoria a partir da implantação do subsidio. A preocupação com os prazos para a entrega do projeto teria motivado a operação. Segundo Moraes, as negociações estão avançadas, por isso não há motivos para a realização de atos isolados de protesto. “Se o governo não cumprir o prometido, eu serei o primeiro a me somar aos policiais nas reivindicações por melhores salários”, afirmou.