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29/03/2012

Policiais fazem mobilização para alertar sobre precariedade de segurança nas fronteiras

Na Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu, há grandes filas de carro

Agência Brasil

Policiais federais, servidores da Receita Federal e policiais rodoviários federais realizam nessa quinta-feira (29), em diversos pontos do país, uma mobilização para alertar sobre a precariedade da segurança nos 16,8 mil quilômetros de fronteiras do Brasil. Os policiais estão fazendo abordagens minuciosas nos veículos e distribuindo material informativo sobre o movimento.

Segundo o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, a ideia é buscar o apoio da população. “Há tempos estamos alertando o governo sobre o déficit de agentes da Polícia Federal (PF) nessas áreas. A PF tem em seu quadro 13 mil policiais para atender todos os serviços. Precisaríamos de, pelo menos, uns 35 mil”, disse Wink, à Agência Brasil. Segundo ele, quase 80% do efetivo faz trabalho burocrático.

“É preciso ficar claro que segurança não é apenas um homem fardado e armado andando de um lado para outro em uma ponte, é muito mais do que isso, envolve inteligência, atuação conjunta com outros órgãos.”
Na Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu, onde a mobilização tem grande adesão, há grandes filas de carros, mas, segundo a polícia, não há tumulto no local, que conta com 200 servidores atuando. A operação padrão está sendo realizada também no posto da PRF em Santa Terezinha de Itaipu (PR).
Todos os veículos que passam pela BR-277 estão sendo fiscalizados. “Esse tipo de operação tinha que ser mesmo padrão, fiscalizar sempre cada pessoa que entra no país, ver se não é procurado pela polícia, se não está trazendo drogas”, destacou o presidente da Fenapef.
A categoria reivindica ainda a criação de um "adicional de fronteiras" para aqueles que trabalham nessas regiões. As entidades pedem que essa remuneração extra abranja servidores de áreas de difícil provimento, como é o caso da Região Norte. De acordo com Marcos Wink, um policial que atua na fronteira recebe o mesmo salário do que está lotado em grandes centros urbanos.