“Curitiba sofre com a violência doméstica. Não podemos aguardar mais tempo para receber o centro de recuperação de maridos agressores”, comentou o parlamentar. Mauro é autor da lei que prevê a criação da Delegacia da Família, ainda em trâmite na Assembléia Legislativa. Enquanto a matéria não entra em votação, o deputado defende instalação imediata do projeto previsto pela lei Maria da Penha. “Em muitos casos a violência começa no próprio lar. É preciso investir em medidas preventivas”, insiste.
Segundo dados publicados pela Gazeta do Povo, a cada dia dois maridos são presos por agressão. Só no Centro de Triagem 2 da capital, para onde os agressores são levados, a rotatividade diária oscila entre 100 e 120 casos. “Os números são realmente assustadores. Não podemos esperar uma segunda etapa para receber um projeto de suma importância”, afirmou.
Para garantir agilidade na implantação do centro na capital, Moraes vai encaminhar esta semana um requerimento ao secretário Luiz Fernando Delazari para que o mesmo assuma o compromisso de convencer o governo federal a implantar o Centro de Educação e Reabilitação de Agressores. O mesmo projeto, que possui recursos provenientes do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, também prevê a construção de presídios femininos e recuperação e ampliação de delegacias da mulher. A Secretaria Nacional de Política para Mulheres admite que não há prazo estabelecido para que Curitiba seja contemplada pelo plano.
Além do requerimento endereçado à secretaria estadual de Segurança Pública, Moraes também pretende encaminhar um oficio ao Ministério da Justiça, justificando a necessidade de implantação do centro. “Temos números alarmantes confirmados pela Delegacia da Mulher de Curitiba”, pontuou. Só o Juizado Especial da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher recebeu quase 5 mil procedimentos desde janeiro do ano passado. Na delegacia, são atendidos de 20 a 30 casos diários, sendo que pelo menos dois deles resultam em prisão.