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08/03/2013

Em um ano, criminalidade cai em média 30% nas áreas com Unidade Paraná Seguro

De acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, Roberson Bondaruk, um ano depois da implantação do projeto-piloto, as UPS se mostraram, tecnicamente, como opção altamente viável no combate à criminalidade e também no resgate da cidadania dessas regiões.

“O trabalho nas UPS contribuiu para diminuir o crime em toda a cidade de Curitiba que, nos primeiros dois meses do ano, teve queda de 20% no número de homicídios, quando comparado com o mesmo período de 2012. A redução média das mortes violentas em regiões de UPS é de 30%. Mas esse número chega a até 50%, dependendo da UPS”, disse Bondaruk. Ele ressalta que, com a formatura de novos policiais, no início deste mês, será possível um incremento de pessoal também nas UPS.

“O benefício das UPS é visível. São facilmente notadas a redução da criminalidade e a estabilização da paz nas regiões onde as UPS foram instaladas. Como delegado-geral espero também que haja a intensificação das ações sociais nessas regiões”, diz o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius da Costa Michelotto.

Trabalho - Comandante da UPS Uberaba, a tenente Aline Costa lembra que, antes da implantação do projeto, a área era considerada difícil para o patrulhamento da Polícia Militar. “Hoje, cada vez mais as pessoas procuram os policiais. E o policiamento só dá resultado, como está dando, quando há integração com a comunidade”, diz ela.

A tenente Costa exemplifica que, durante esta semana, dois assaltantes, com armas de fogo, foram presos na área após uma denúncia da comunidade. “As pessoas têm ligado para nós, feito as denúncias, relatando problemas, e assim podemos atuar melhor”, completa.

Aprovação – Moradores da região da UPS Uberaba demonstram aprovação ao projeto, 12 meses depois de iniciada a convivência com as equipes policiais, que ficam de modo permanente na localidade. “A gente está aqui (na rua), está vendo o movimento (dos policiais). Antigamente era bem mais difícil”, conta o mestre de obras Ivo Borges Pereira, 62 anos.

Dona Rose, moradora do bairro, diz que agora se sente mais segura para sair na rua no período noturno. “Eles (policiais) passam, eles cuidam, eles protegem. Já tive atendimento na minha casa e aprovei. Moro aqui há 25 anos e agora com certeza está mais seguro”, fala.

Com o patrulhamento, as tentativas de atividades criminosas são rapidamente reprimidas. “Tentaram me assaltar na semana passada, mas os policiais foram bem rápidos. Vieram na hora e impediram o assalto. Agora sei que qualquer coisa eu posso contar com a polícia”, declarou a moradora Francisca Arruda dos Santos.

O comerciante Valdecir Luz Farina, 44 anos, ressalta que não há mais algazarra e barulho nas ruas até altas horas. “Mudou bastante, ficou bom. Assalto também diminuiu bastante. Vejo direto o policiamento nas ruas”, disse.

“Não tenho mais medo de sair na rua. A gente se sente mais segura com policiamento, que tem toda hora. O projeto com certeza deve continuar. Que implantem em outros bairros que precisam também. Me sinto privilegiada de o meu bairro ter a UPS”, afirma a moradora Adriana Lara Rosa, 32 anos.

Histórico - O Paraná implantou 12 UPS durante o ano passado. A capital conta com dez unidades, distribuídas pelos bairros Uberaba, Parolin, Cidade Industrial (Vila Verde, Sabará, Caiuá, Nossa Senhora da Luz e Vila Sandra), Sítio Cercado (Vila Osternack), Tatuquara (Vila Ludovica) e Cajuru (Vila Trindade). As duas unidades do interior foram instaladas nas cidades de Cascavel (Jardim Interlagos) e Londrina (Jardim União da Vitória).

A ocupação inicial das forças de segurança na UPS Uberaba, na chamada ação de congelamento, em março do ano passado, abrangeu áreas da Vila Audi, Vila União Ferroviária, Jardim Icaraí, Vila Solitude II, Moradias Marumbi I e II, Moradias Lotiguassu, Vila Yasmim, Vila Reno, Jardim Alvorada II, Moradias Itiberê, Moradias Cairo e Jardim Torres. A instalação oficial, pelo governador Beto Richa, ocorreu no dia 8 de março de 2012.

A metodologia de implantação das UPS prevê uma fase inicial, de inteligência policial, para identificação de traficantes, pontos de tráfico de drogas e cenas de uso de entorpecentes. No momento seguinte são feitas as prisões e o policiamento comunitário é implantado de forma permanente. Em um segundo momento, começam as ações sociais e melhorias de infraestrutura, com a integração de diversas áreas do Governo do Estado, em parceria com as prefeituras.