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04/03/2009

Candidatura extemporânea pode gerar multa

“Em hipótese alguma um partido pode lançar um candidato antes das convenções. No momento, o PMDB pode apenas decidir pela candidatura própria e então abrir espaço para que os membros interessados na disputa coloquem o nome à disposição. No entanto, qualquer decisão definitiva só será tomada após o resultado homologado das convenções”, disse o deputado Mauro Moraes.
Segundo o parlamentar, o partido não pode proibir que seus filiados se manifestem a respeito de alianças, tampouco retaliar quem discorda da forma como alguns membros pretendem impor uma única posição, no caso o lançamento da candidatura de Pessuti. “Temos ainda um ano para discutir democraticamente qual o melhor caminho para o partido. O que não pode acontecer no momento é o lançamento de uma candidatura precoce, afrontando a lei eleitoral e ainda proibindo manifestações contrárias à opinião de apenas uma parte da legenda”, disse Moraes.
O deputado lamentou ainda a reação negativa de setores do partido aos peemedebistas que não concordam com uma decisão que não foi submetida ao voto. “Antes das convenções nada está definido e muito poderá ser discutido. Até lá, vou defender a composição com o PSDB e PDT. Mas irei acatar a decisão tomada democraticamente pela maioria durante as convenções”, afirmou.
Nacional
Mauro comentou ainda que o mesmo dilema - da candidatura própria ou composição - tem incomodado a cúpula nacional do PMDB. “Temos um grande número de prefeitos, vereadores e parlamentares. Também temos a presidência do Senado e da Câmara dos Deputados. Ainda assim, não possuímos um nome forte para a sucessão presidencial, o que tem provocado uma divisão entre os que defendem uma aliança com o PSDB, através da candidatura do governador paulista José Serra, ou com o PT da ministra Dilma Rousseff”, comentou. Apesar de opiniões conflitantes, o parlamentar ressalta que em momento algum a direção nacional falou em retaliação. Muito pelo contrário, a cúpula nacional está disposta a abrir a discussão, o que, na avaliação do deputado, é fundamental para garantir a democracia interna. “Não basta falar em democracia, é preciso vivenciá-la”, disse.