Moraes lamentou a reação de lideranças do seu partido diante da apresentação de três emendas que garantem reajuste de 21% para policiais, professores aposentados que estão na ativa e também inativos, além dos profissionais da política científica. De acordo com o parlamentar, a ameaça da perda de cargo nas comissões permanentes da Assembleia Legislativa, como a presidência da comissão de Segurança Pública, pode forçá-lo a abrir mão das emendas, assim como a ameaça de expulsão do PMDB e a conseqüente perda de mandato.
O parlamentar voltou a questionar a autonomia entre os Poderes, uma vez que, “eleito pelo voto popular, um deputado acaba sendo forçado a agir conforme orientação de um partido”.
Retaliação
O projeto de reajuste do funcionalismo não é o único tema responsável pelas retaliações contra o parlamentar. Pelo menos três propostas polêmicas renderam ameaças. A mais recente é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue a aposentadoria para ex-governadores e pensão para seus familiares. Também provocou desconforto as declarações de Moraes em defesa da coligação entre o PMDB e PSDB para o governo do estado, em 2010. O posicionamento independente de Moraes provocou até mesmo sua substituição, por determinação do partido, da Comissão de Constituição e Justiça da Casa (CCJ).