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14/05/2010

Bolsa Copa vai ampliar discussão sobre remuneração da polícia

Para o presidente do Movimento “Paraná Sem Violência”, Mauro Moraes, a Bolsa Copa, destinada a bombeiros e policiais militares e civis das 12 cidades sedes dos jogos de 2014, deverá criar uma cultura de boa remuneração das categorias em vários estados. Isso porque a bolsa será reajustada de forma gradual, começando com R$550 em 2010; R$655 em 2011;R$760 em 2012; R$865 em 2013 e R$1000 em 2014, ano na Copa. “Os governos estaduais irão perceber uma significativa melhora no trabalho da polícia quando a mesma recebe um bom salário”, comentou Moraes.

Os resursos para o pagamento da bolsa Copa serão repassados pelo governo federal. Contudo, na avaliação do presidente da maior mobilização de luta contra a violência no Paraná, os estados que irão receber o auxílio possivelmente farão um esforço para manter as policias civil e militar e bombeiros bem remunerados, o que deve ter reflexo positivo na segurança pública. “Será o momento de refletir seriamente a respeito dos vencimentos da polícia, principalmente dos policiais que estão expostos diariamente aos riscos da profissão, como os Praças da PM”, comentou Moraes.

A seleção dos policiais que receberão a Bolsa Copa é de inteira responsabilidade dos estados. Tanto os profissionais da capital quanto os do interior poderão participar da Bolsa Copa, desde que sejam recrutados pelas corporações, mediante critérios técnicos e isentos por elas estabelecidos, para atuar nas operações de segurança dos jogos.

Adesão

Para formalizar a adesão à bolsa Copa, os estados terão de atender às condições estabelecidas pelo Decreto 6490/2008, com as alterações promovidas pelo Decreto 7081/2010, como, por exemplo, adequar, até 2012, o regime de trabalho de seus profissionais para até 12 horas de serviço por três turnos de descanso. Além disso, os executivos estaduais deverão enviar às respectivas assembléias legislativas projetos de lei elevando a remuneração mensal dos policiais ao valor mínimo de R$ 3200.

Os policiais deverão realizar o curso especial de formação para segurança em eventos esportivos, cuja matriz curricular será estabelecida pelo Ministério da Justiça. Para participar do programa, os profissionais não poderão ter condenação em processo administrativo e penal nos últimos cinco anos e terão de respeitar os critérios apresentados pelo estado-membro para a seleção dos participantes.