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12/02/2008

Curitiba que sempre foi referência agora é a Capital da Violência

Moraes disse que o Movimento Curitiba Sem Violência, que criou, e cujas reivindicações são basicamente maior contingente policial, melhores salários para as polícias Civil e Militar, qualificação dos policiais, volta dos módulos policiais e maior destaque para a investigação policial, lamenta que Curitiba tenha alcançado os índices ostentados pelo Rio de Janeiro. “Apesar de termos conseguido uma parte das reivindicações neste Movimento, e do governador ter investido na área, ainda é pouco, principalmente por termos herdado uma segurança sucateada do governo Lerner, a violência rapidamente se propagou a ponto de termos hoje, índices iguais àqueles que apavoram os cariocas”, criticou.

Para o deputado, os resultados apresentados estimulam a continuidade na luta pela diminuição da violência em Curitiba e a formação de uma verdadeira cruzada para diminuir estes índices, que será coordenada pela Comissão de Segurança da Assembléia Legislativa, da qual o deputado Mauro Moraes é presidente. “De imediato, precisamos de um melhor atendimento à população no que diz respeito às delegacias, que precisam funcionar 24 horas ininterruptamente, incluindo feriados e finais de semana”, afirmou.

Segundo Moraes, durante os períodos em que mais ocorrem delitos, as delegacias dos bairros estão fechadas. Outro problema citado pelo parlamentar é que as grandes delegacias especializadas funcionam “relativamente bem”, em detrimento daquelas em que a população geral e de menor renda necessita no dia a dia. O deputado sugere também a criação de uma Delegacia da Família, para tratar de assuntos relacionados ao ambiente familiar vividos por pais e filhos.

Módulos policiais

O parlamentar é favorável à volta dos Módulos Policiais, que acredita sejam equipamentos fundamentais para a prevenção de ocorrências nos bairros. Outro importante fator para o saneamento da violência em Curitiba, segundo Moraes, seria a seleção mais rigorosa para a admissão de policiais e punição exemplar para os que cometem delitos. Segundo dados da própria Secretaria de Segurança do Estado do Paraná, dos mais de dois mil casos investigados na conduta destes servidores, apenas 20 policiais foram expulsos. “Há um descrédito muito grande da população em relação aos agentes de segurança, membros das polícias Civil e Militar. Setenta por cento da população não acredita na polícia como guardião da segurança, principalmente em função de condutas e comportamentos aviltantes cometidos por policiais em todo o Brasil, amplamente divulgados pela mídia”, finalizou.